Primeiro-ministro italiano satisfeito com medidas rápidas que "forçou" juntamente com Rajoy
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, congratulou-se com os compromissos alcançados esta madrugada, em Bruxelas, pelos líderes da zona euro sobre medidas de curto prazo para tranquilizar os mercados, que forçou juntamente com o chefe de Governo espanhol.
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Para Monti, tratou-se de uma "um acordo muito importante para o futuro da União Europeia e da zona euro", pelo que "valeu a pena" uma reunião tão "dura", referindo-se à cimeira da zona euro, antecipada para a última madrugada -- deveria ter lugar apenas hoje à tarde -, na sequência de um "braço-de-ferro" movido por Roma e Madrid.
A Itália, apontou, fica particularmente agradada com a possibilidade que é agora aberta de países cumpridores mas que enfrentem problemas nos mercados que exijam intervenções de estabilização possam fazê-lo, assinando apenas um memorando, sem terem de se submeter a um programa específico supervisionado pela 'troika'.
Monti e Rajoy "forçaram" uma inesperada alteração da agenda do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas depois de bloquearem o "pacto para o crescimento".
A possibilidade de recapitalização da banca e de intervenções dos fundos de resgate para compra de dívida nos mercados foram os compromissos a que os líderes do euro chegaram para Itália e Espanha desbloquearem a mobilização de 120 mil milhões de euros em medidas para estimularem o crescimento económico, com a qual sempre concordaram mas que "vetavam" enquanto não vissem as suas pretensões satisfeitas.
Esse montante, explicara antes o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, é alcançado através da alavancagem possível com o aumento do capital do Banco Europeu de Investimento (60 mil milhões), realocação de fundos não utilizados (55 mil milhões) e através do projeto-piloto de «project-bonds», ou obrigações de projetos (5 mil milhões).