O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, disse hoje, quinta-feira, que a factura da luz reflecte os custos de produção e afastou a possibilidade de rever, para já, as tarifas, quando confrontado com uma petição da associação Deco.
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"A factura reflecte os custos de produção de electricidade. 66% são custos directos de produção e distribuição. Depois há outros custos de interesse geral", afirmou Carlos Zorrinho, à margem da reunião de Conselho de Ministros.
Ressalvando que "vale a pena avaliar se fazem sentido" aqueles custos de interesse geral, que se destinam a apoiar nomeadamente as energias renováveis e a cogeração, o governante defendeu os benefícios para o país daqueles custos suportados pelo consumidor na factura.
"10% são custos por termos energias renováveis que evitaram que Portugal importasse 800 milhões de euros de energia fóssil este ano", e reduzisse assim o défice energético nacional, explicou secretario de Estado da Energia.
O governante saudou ainda a iniciativa da Deco, classificando-a como uma "oportunidade" para explicar aos portugueses como é formulada a factura.
A Deco lançou hoje, quinta-feira, uma petição online alertando os consumidores para "os extras" que pagam nas facturas de electricidade e que, segundo defende, poderiam ser reduzidos o suficiente para os preços da luz baixarem.