Os trabalhadores da Carris terão que assegurar, durante a greve de quinta-feira, o funcionamento de cerca de 13% dos serviços realizados normalmente pela empresa. No Porto, os serviços mínimos da STCP definidos pelo tribunal arbitral apenas abrangem o período da madrugada.
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Os serviços mínimos para a greve de 24 horas que os trabalhadores da Carris cumprem na quinta-feira abrangem o funcionamento de serviços exclusivos de deficientes, do carro do fio e dos postos médicos.
O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou também o "funcionamento da metade das carreiras 12, 36, 703, 708, 735, 738, 742, 751, 755, 758, 760, 767 e 790, o que corresponde a cerca de 13% dos serviços normalmente prestados pela Carris".
O tribunal considera que a definição destes serviços mínimos "assegura a protecção do direito fundamental à greve dos trabalhadores que a ela queira aderir e, simultaneamente, a satisfação das necessidades sociais impreteríveis dos cidadãos durante o período de duração da" paralisação.
Na quinta-feira decorre uma greve que abrange várias empresas do sector dos transportes, entre as quais a Carris, o Metropolitano de Lisboa, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), a Refer, a CP - Comboios de Portugal e a CP Carga. Nestas empresas, a greve terá a duração de 24 horas.
Já os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, empresas que asseguram a travessia do rio Tejo, em Lisboa, também se vão associar à paralisação, mas vão parar três horas por turno.
O CES decidiu não fixar serviços mínimos para a circulação das carruagens do Metropolitano de Lisboa durante a greve de 2 de Fevereiro.
Na STCP, os serviços mínimos definidos pelo tribunal arbitral do CES apenas abrangem o período da madrugada (entre as 2 e as 5 horas), período em que devem circular 20% da oferta habitual nas linhas 4M (Avenida dos Aliados - Maia) e 5M (Avenida dos Aliados - Travagem).
No caso da CP, os serviços mínimos incluem a realização "de 20% dos comboios regionais e de longo curso programados", bem como a circulação de alguns comboios suburbanos.
Os sindicatos que apresentaram os pré-avisos de greve contestam as medidas anunciadas pelo Governo para o sector dos transportes, como as privatizações e a redução de serviços.