Os Socialistas Europeus pediram, esta quinta-feira, que se afastem as discussões na Europa sobre uma eventual saída da Grécia da zona euro, e defendem que sejam retiradas as "conclusões certas" das recentes eleições no país.
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"É fundamental que se afastem as ameaças e se impeçam os debates irresponsáveis a pedir que a Grécia saia da zona euro. Mensagens negativas são inúteis e não produtivas. Temos de apoiar as forças democráticas progressistas na superação da crise", comentou hoje o presidente do grupo dos Socialistas Europeus, Hannes Swoboda.
Para o líder do grupo político, a votação de domingo "foi uma expressão de raiva e desespero" do povo grego, e a Europa e os líderes do país devem retirar as devidas conclusões desse sufrágio.
"Precisamos de um governo responsável que aceite o programa de reformas e os acordos com a UE. Mas, ao mesmo tempo, precisamos que as instituições internacionais desenvolvam uma estratégia para a inclusão social e crescimento em vez de perseguir o caminho da austeridade dura", declarou Hannes Swoboda.
Em Atenas, prossegue a crise política sem solução à vista. O dirigente do partido socialista grego (PASOK), Evangelos Venizelos, está, esta quinta-feira, a fazer a terceira tentativa de formar um governo de coligação na Grécia.
Venizelos assegurou na quarta-feira que iria receber um mandato do Presidente Carolos Papoulias para formar um governo, antecipando o falhanço das rondas negociais promovidas desde terça-feira por Alexis Tsipras, líder da esquerda radical Syriza, que acabou por anunciar ter renunciado a tentar formar governo.
O chefe dos conservadores, Antonis Samaras, foi primeiro dirigente mandatado pelo chefe de Estado a tentar, também sem sucesso, formar um governo.