Vinci diz que com a compra da ANA entra na elite mundial das concessões aeroportuárias
A Vinci Airports realçou esta quinta-feira que a aquisição da ANA - Aeroportos de Portugal lhe confere o estatuto de "ator internacional de primeiro plano" nas concessões aeroportuárias, com 23 aeroportos geridos em Portugal, França e Camboja.
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"Com a aquisição da ANA, a Vinci Airports, filial da Vinci Concessions, torna-se num ator internacional de primeiro plano nas concessões aeroportuárias, com 23 aeroportos geridos em Portugal, França e no Camboja, que acolhem mais de 40 milhões de passageiros/ano -- incluindo um hub de mais de 15 milhões de passageiros", lê-se num comunicado divulgado pela empresa francesa.
Após a concretização do negócio, a Vinci passará a ter um volume de negócios global de mais de 600 milhões de euros, para um EBITDA [lucro operacional] de cerca de 270 milhões de euros, de acordo com os números avançados pela empresa.
"A Vinci congratula-se por a sua proposta ter sido escolhida pelo Governo português para a aquisição da ANA - Aeroportos de Portugal e reafirma os seus compromissos com Portugal", frisou a companhia, que detém uma participação de 37% na Lusoponte (gestora das pontes 25 de abril e Vasco da Gama, em Lisboa), e que é dona das empresas de engenharia e obras elétricas Sotécnica e Cegelec.
A empresa compradora destacou ainda que "a ANA é concessionária pelo prazo de 50 anos dos 10 aeroportos de Portugal, no continente (Lisboa, Porto, Faro, Beja), Açores (Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria) e na Madeira (Funchal e Porto Santo)", elogiando a qualidade das sua operações.
"A ANA integra um conjunto de plataformas aeroportuárias de grande qualidade, com mais de 30 milhões de passageiros acolhidos em 2012, na maioria internacionais, e um crescimento de tráfego superior a 4%, em média, nos últimos dez anos", sublinhou a empresa, realçando a importância estratégica do 'hub' da capital portuguesa.
"O 'hub' de Lisboa constitui uma mais valia fundamental, graças à sua posição estratégica para destinos de forte crescimento (Brasil, África Lusófona -- Angola e Moçambique)", assinalou a Vinci, acrescentando que "também o Aeroporto Francisco Sá Carneiro é plataforma crucial na expansão para todo o Atlântico Norte".
As atividades da ANA cobrem a gestão de plataformas aeroportuárias e dos seus espaços comerciais, bem como serviços de assistência no solo ('ground handling').
Os franceses da Vinci, que fizeram a proposta mais alta pela ANA, ganharam a corrida à privatização da empresa concessionária de vários aeroportos portugueses, anunciou hoje o Governo, no final do Conselho de Ministros.
A Vinci vai pagar 3.080 milhões de euros pela aquisição de 95% do capital da ANA, estando os restantes 5% destinados aos trabalhadores.
Com presença em mais de 100 países, através de concessões rodoviárias, ferroviárias e gestão de parques de estacionamento, o grupo francês gere ainda nove aeroportos em França e três no sudeste asiático.