Comida havaiana e mediterrânica reforça Vale do Lobo com estreias do El Ta'koy e Barlume
Comida havaiana com influências de todo o Mundo para comer entre amigos e pratos de toada mediterrânica com foco nas massas, peixe e marisco são os argumentos dos restaurantes que vieram instalar-se na Praça de Vale do Lobo - o El Ta"koy e o Barlume, em estreia internacional.
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Em abril, deixou de ser necessário embarcar num avião para Londres, Riad (Arábia Saudita) ou Nova Iorque, para provar as criações do chef Luis Pous, fundador do El Ta"koy. A marca aterrou em estreia absoluta na Europa Continental na Praça de Vale do Lobo - o resort mais antigo do país, em Almancil -, e quer contagiar as noites algarvias com o estilo de vida tiki havaiano, com comida de partilha e música de DJ. "A aposta nestes conceitos [em que se inclui o Barlume] é reflexo do nosso compromisso em evoluir", afirma Eduardo Johnston da Silva, diretor do resort.
Enquanto o Barlume aposta numa cozinha mediterrânica com foco italiano, no El Ta"koy reina a comida de rua havaiana, no expoente máximo da sua amálgama cultural. "Luis Pous é de Cuba e tem raízes familiares no Havai", revela o braço direito Waleed Elmenyawy. "Há cinco anos, foi ele quem criou o conceito nos EUA", e percebeu desde logo que a influência culinária do Havai não advinha só da Polinésia, mas também das Caraíbas, América do Sul e América do Norte, Ásia Oriental e Europa. Por isso, há sushi e ceviches, tacos havaianos e woks de mescla tailandesa.
Internacional, mas não desprovido de um olhar local, o El Ta"Koy propõe, exclusivamente nesta morada, um ceviche de corvina com leite de tigre, leite de coco e edamame; e taquitos de atum com maionese picante, coentros e ovas tobiko, entre alguns outros pratos. Neste mergulho nas comidas de rua havaianas, com apresentação cuidada, mas para comer descontraidamente, há também tacos com diferentes proteínas no recheio (compostos com alface, guacamole, picle de de couve roxa e jalapeños, queijo feta, creme de lima e coentros) e vários woks com arroz frito.
O tropicalismo do El Ta"Koy não esmorece nos compassos finais da refeição - adoçada na dose ideal com a sobremesa de pão-de-ló, coco, leite condensado, leite de coco e gelado de pistácio, por exemplo - e ganha novas vibrações à medida que a noite cai sobre a praia. No que Melissa Fischer diz ser "o maior tiki bar de Portugal", na qualidade de diretora de comidas e bebidas do resort, também se pode jantar ao balcão debaixo do teto de colmo e provar cocktails feitos com runs tropicais, frutas e especiarias. A brisa dá eco às batidas dos DJs, no terraço sobre a praia.
Mediterrânico e mais adulto
O Barlume, inaugurado em simultâneo no espaço em frente, contrasta no conteúdo e na forma, com um menu de pendor mediterrânico com massas frescas, pães artesanais, peixe e marisco. Da cozinha do chef Marcelo Tomás - que durante uma semana "estagiou" na primeira casa, em Manhattan, para aprender os standards da marca - saem pratos como frito misto (lula, curgete, camarão e beringela fritos com maionese de limão), camarão-tigre com manteiga de estragão e limão; entrecôte do Uruguai com a respetiva guarnição e tiramisú e pannacotta de sobremesas.
As pinsas de massa-mãe, com formato oval, são outra das apostas, podendo ser divididas por até oito pessoas. "O chouriço picante, que na Nduja juntamos à mozzarela fumada e molho de tomate, vem diretamente de Itália, tal como as farinhas, as azeitonas e os queijos", acrescenta o chef. Italiano é também o café Aneri, um blend clássico de 1949. O avançar das horas torna o Barlume um espaço camaleónico e quem quiser pode até dar uns passos de dança, com um de 30 vinhos italianos a copo, a que se juntam cocktails artesanais feitos com ingredientes locais.