Segunda edição do Tascando quer encontrar “as melhores tascas” de Lisboa e Porto
Segunda edição do concurso Tascando decorre em Lisboa e no Porto entre 9 e 25 de maio, com 80 tascas tradicionais a concorrer com petiscos ou pratos próprios, entre os seis e os 20 euros. A votação conjuga avaliações do público em geral e de um júri escolhido pela organização.
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Entre os dias 9 e 25 de maio, os residentes e visitantes de Lisboa e do Porto vão ser chamados a percorrer 80 tascas, para votarem com base na experiência e elegerem as suas favoritas. Nesta segunda edição portuguesa do Tascando, um concurso nacional de tascas original do Brasil, concorrem o dobro das tascas - 80, divididas entre 40 na capital e 40 na Invicta - face à primeira edição, que totalizou cerca de nove mil votos (cerca de 200 por tasca).
Sob o mote “Quem não tasca não petisca”, a iniciativa visa promover as tascas típicas do país e criar “um movimento nacional que eleve o valor da cozinha de raiz popular” e dos estabelecimentos “onde a tradição e a paixão se unem”. “Os restaurantes participantes são selecionados [pela organização] pela sua espontaneidade e caráter familiar, onde o dono e a sua família trabalham em conjunto”, e não integram quaisquer redes ou franquias.
“Muitas das tascas são geridas por pessoas mais velhas, que são fundamentais para o nosso conceito, porque são elas que consubstanciam o tema da longevidade e da resiliência destas casas, mas a verdade é que há um conjunto de pessoas novas [à frente destes negócios]”, afirmou Miguel Moreira, coordenador do Tascando, na apresentação desta edição, quarta-feira, 7, de manhã, na Tasquinha do Celso, de Bruno Celso, 22 anos, em Campo de Ourique.
Das 80 tascas participantes, apenas cerca de duas dezenas são repetentes, a concorrer com novos pratos ou petiscos, ou com uma nova versão do do ano passado. O concurso terá dois perfis de voto: o dos jurados e o do público, que apenas pode votar fisicamente no espaço, colocando numa urna o boletim de voto preenchido. Na ponderação final, júri e público valem 50% cada. A recolha e apuramento dos votos serão controlados por uma auditoria externa.
O júri é composto por 80 pessoas, entre profissionais da restauração, jornalistas de comida e lifestyle e “foodies”, cabendo a cada uma delas visitar três espaços. Ou seja, cada tasca será visitada por três jurados diferentes. Cada um deles - tal como os clientes em geral - terá como critérios de avaliação a qualidade do petisco/prato (peso de 70%), a qualidade do serviço/atendimento; a higiene do espaço; e a bebida (se está à temperatura correta), todos a valer 10%.
Cada tasca decide também o preço de venda da Coca-Cola e Estrella Galícia, patrocinadores do Tascando, assim como o preço do prato ou petisco, que de forma geral poderá oscilar entre os seis e os 20 euros. Após o término do período de visita por jurados e público em geral, seguir-se-á o apuramento dos resultados e a divulgação dos vencedores do Tascando deverá ser feita “na primeira quinzena de junho”, segundo comunicado oficial do Tascando.
A organização irá divulgar apenas os cinco primeiros classificados. O objetivo, a breve trecho, é alargar o Tascando a mais zonas do país - sobretudo grandes cidades no interior - e consolidar o mês de maio como o mês das tascas. O concurso “Comida di Buteco” - projeto brasileiro irmão do Tascando - foi fundado por Ronaldo Perri e Flávia Rocha, há 25 anos, na cidade de Belo Horizonte, no Brasil, e tem ganhado notoriedade desde então, com uma grande adesão.
A edição de 2024 do Tascando premiou três tascas no Porto e duas em Lisboa como as favoritas dos portugueses. A Adega São Pedro, a Casa Pereira e a Tasquinha Rebelo ocuparam as três primeiras posições, seguidas da Tasquinha dos Guindais, também no Porto, (4º lugar) e da Imperial de Campo de Ourique, a única tasca em Lisboa.