O diretor nacional da Polícia Judiciária testemunhou esta quinta-feira à tarde no julgamento da morte de Fábio Guerra, afirmando à juíza presidente que, na fração de segundos em que um polícia à civil é confrontado com uma situação em que é necessário identificar-se como agente da autoridade, basta "um sonoro 'Polícia' para se fazer anunciar".
Corpo do artigo
Luís Neves visionou os vídeos das agressões aos polícias à porta da discoteca Mome, que resultaram na morte de Fábio Guerra, e referiu que nessa situação, como noutras semelhantes, não se mostra a carteira, identificar-se em alto e bom som é suficiente. A juíza presidente admitiu mesmo ser "óbvio que não se mostra a carteira".
Luís Neves explicou existirem "matérias que são protocoladas". "Mas há situações distintas. Várias vezes me identifiquei como polícia mas, na rua, de acordo com a urgência e perigosidade, há situações que são adaptadas a um caso específico".
Luís Neves descreveu o momento em que a intervenção de um polícia à civil é necessária. "O que está nos livros muitas vezes não se aplica à realidade e, nestes casos, uma identificação com um sonoro polícia basta".