O cabo fuzileiro João Jardim esteve com Vadym e Cláudio quando se apresentaram na Base do Alfeite no dia seguinte às agressões à porta da discoteca Mome que resultaram na morte de Fábio Guerra. "Os miúdos disseram que foram sair à noite, que o Cláudio foi agredido, Vadym defendeu-o e depois envolveram-se em agressões com outro grupo", testemunhou.
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"Eles estavam extremamente devastados e dei-lhes um berro, disse-lhes que se estavam a falar a verdade tinham que ficar de cabeça erguida", afiançou João Jardim.
O cabo fuzileiro referiu que foi criado entre os camaradas um grupo para ajudar financeiramente as famílias dos arguidos e acredita na versão dos fuzileiros, que as agressões foram mútuas.
A juíza presidente perguntou a João Jardim sobre qual a formação de combate corpo a corpo que existe no curso de Fuzileiros, ao que João Jardim respondeu que não havia luta corpo a corpo, que eram formados no manuseamento de armas.
Antes, no julgamento depuseram dois seguranças que assistiram à cena de pancadaria à porta do Mome. Paulo, o segurança que expulsou Pereira da discoteca depois de este ser agredido na pista por Coimbra e Vadym testemunhou que viu mais de dez pessoas dentro da discoteca envolvidas em confrontos.
"Expulsei o que estava sozinho e disse-lhe que era mais fácil que expulsar os outros todos", disse Paulo. Depois, estava na janela do primeiro piso da discoteca quando os confrontos começaram no exterior.
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"Vi quatro pessoas a serem agredidas pelos três elementos que provocaram os desacatos no interior da discoteca, só se tentavam defender, estavam sempre em posição defensiva", disse Paulo. Os elementos agredidos eram os polícias, entre os quais Fábio Guerra.
Bernardo Graça, segurança de uma outra discoteca que cumprimentou os arguidos quando estes saíram do Mome, testemunhou a favor dos fuzileiros. Não ouviu ninguém anunciar-se como polícia, viu o Cláudio ser agredido e Vadym defendê-lo.
"Estavam a despedir-se de mim e do nada quando estavam de costas, o Cláudio foi agredido", disse Bernardo Graça. Depois iniciaram-se as agressões ao grupo de polícias, mas o segurança diz que os fuzileiros estavam a defender-se.