Forças Armadas receberam denúncia para militares envolvidos no tráfico de diamantes em 2019. O caso foi reportado ao Ministério Público e controlo das chegadas das missões foi reforçado.
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O Estado-Maior das Forças Armadas explica que a investigação ao eventual envolvimento de militares no tráfico de diamantes foi desencadeado em dezembro de 2019 após uma denúncia efetuada ao Comandante da 6ª Força Nacional Destacada (FND) na República Centro Africana (RCA).
Segundo um comunicado emitido esta manhã, o comandante relatou prontamente ao Estado-Maior Geral das Forças Armadas a situação, tendo esta sido de imediato denunciada à Polícia Judiciária Militar (PJM) para investigação. Por sua vez, a PJM fez a respetiva denúncia ao Ministério Público que nomeou como entidade responsável pela investigação a Polícia Judiciária.
O comunicado acrescenta que "o que está em causa de momento é a possibilidade de alguns militares que participaram nas FND, na RCA, terem sido utilizados como correios no tráfego de diamantes, ouro e estupefacientes. Estes produtos foram alegadamente transportados nas aeronaves de regresso das FND a território nacional".
Após a denúncia, foram reforçados os procedimentos de controlo e verificação à chegada dos militares e respetivas cargas.
Os inquéritos militares e respetivas consequências estão pendentes das investigações em curso, com o cuidado de não interferir neste processo, ainda em segredo de justiça.
As Forças Armadas salientam que, "uma vez esclarecidas as responsabilidades, tomarão as devidas medidas sendo absolutamente intransigentes com desvios aos valores e ética militar". As Forças Armadas repudiam totalmente estes comportamentos contrários aos valores da Instituição Militar".