Miguel Alves, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, que foi até há pouco tempo presidente da Câmara de Caminha, acaba de ser acusado de um crime de prevaricação, por causa da contratação, por este município, de uma empresa de Manuela Couto, empresária que chegou a ser detida e continua a ser investigada na chamada Operação Teia.
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Ao contrário do que foi noticiado por vários órgãos de comunicação social, incluindo o JN, o processo em causa não resulta de qualquer certidão extraída da Operação Teia. Foi aberto, em 2019, com base numa denúncia anónima sobre matéria que não estava a ser investigada na Operação Teia, mas tem em comum com este processo a empresária Manuela Couto.
A acusação, de que os visados ainda não tinham sido notificados, ao final da tarde desta quinta-feira, foi deduzida pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto. E terá a ver com o presumível favorecimento da empresa de comunicação de Manuela Couto, mulher do ex-autarca de Santo Tirso Joaquim Couto, em contratos adjudicados pela Câmara de Caminha, sob a presidência de Miguel Alves.
A empresa e causa será a Mit - Make it Happen, Lda. e os contratos terão sido celebrados entre abril de 2015 e julho de 2016, segundo o jornal Observador, que avançou com a notícia da acusação esta quinta-feira à tarde.