O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que as suspeitas de tráfico de diamantes por parte de militares portugueses "não afeta a nossa imagem internacional" e que só ouve elogios à nossa presença em missões de paz internacionais.
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"Não afeta a nossa imagem internacional", garantiu, esta segunda-feira de manhã, Augusto Santos Silva quando confrontado sobre as buscas a comandos e ex-comandos. O ministro escudou-se na separação de poderes para se escusar a comentar o caso. "Se as autoridades judiciais entendem que há indícios que exigem investigações, essas investigações devem ser feitas", adiantou, ressalvando que não trata "indícios como se fossem factos apurados".
Santos Silva frisou que "a imagem internacional de Portugal muito beneficia do facto de nós sermos um contribuinte líquido para a segurança internacional e em particular nas missões de paz das Nações Unidas, mas também da NATO e da União Europeia e o papel desempenhado pelos militares portugueses ser unanimemente reconhecido".
O governante recordou que, tanto como ministro dos Negócios Estrangeiros, como quando desempenhou as funções de ministro da Defesa, não ouviu de "nenhum interlocutor internacional a falar sobre as forças portuguesas destacadas em missões internacionais de paz, senão o pedido de que continuemos e reforcemos a nossa presença".