O prazo para abertura de instrução do caso de furto e recuperação de armas de Tancos foi prolongado para 30 dias,.
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O prazo inicial era de 20 dias após a notificação da acusação, que foi conhecida em 26 de setembro, mas o juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu prolongá-lo por mais 10, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
A instrução é uma fase processual facultativa em que um juiz avalia se há indícios suficientes para levar os arguidos a julgamento
O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o major Vasco Brazão e o coronel Luís Vieira, ambos da Polícia Judiciária Militar, todos arguidos no processo de Tancos, já manifestaram a intenção de requerer a abertura de instrução.
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O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017. Quatro meses depois, a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé. Acontece que a PJM não estava responsável pela investigação (era a PJ civil) e que, segundo o MP, negociou a entrega do material com um dos suspeitos do assalto.
O MP acusou 23 pessoas de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida. Nove dos 23 arguidos são acusados de planear e executar o furto e os restantes 14, entre os quais o ex-ministro Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.