As exéquias do músico José Carvalhinho, falecido em Lisboa, na quarta-feira passada, aos 67 anos, realizam-se hoje a partir das 19:00 na igreja de S. José, em Mem Martins, no concelho de Sintra, disse à agência Lusa o músico Rui Vaz.
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Na sexta-feira, pelas 15:00, é celebrada missa de corpo presente na igreja de S. José, em Mem Martins, seguindo o funeral para o cemitério do Alto do Chão Frio, em Lourel, também no concelho de Sintra.
José Carvalhinho, viola de fado, acompanhou diferentes artistas, nomeadamente Fernanda Maria, António Mourão, Vasco Rafael, Fernando Farinha, Florência, Gonçalo Salgueiro, Marina Mota, Maria Armanda, Débora Rodrigues, Maria da Nazaré, Cláudia Leal, Liana e Luís de Matos.
Foi presença assídua na Grande Noite do Fado de Lisboa, no Coliseu dos Recreios, ao lado do guitarrista Edgar Nogueira, e músico residente do programa televisivo "Passeio dos Alegres", apresentado por Júlio Isidro.
Carvalhinho foi diretor musical de "Amália, o musical", de Filipe la Feria, durante nove anos, e, entre outras casas de fado em Lisboa onde trabalhou, fez parte do elenco do Marquês da Sé, durante dez anos, e nos últimos dois, da casa típica Esquina de Alfama, onde tocou com o guitarrista Gentil Ribeiro.
Para o fadista Rui Vaz, o músico "era uma referência para as novas gerações de instrumentistas, tanto no fado, como na música erudita".
José Carvalhinho começou a tocar aos 15 anos na casa de fados A Tipoia, em Lisboa, com Casimiro Ramos, e mais tarde, com o seu pai, Francisco Carvalhinho (1918-1990).
"José Carvalhinho deixa um estilo peculiar na sua maneira de tocar pela sua técnica e elevado conhecimento musical", disse à Lusa Rui Vaz, que foi acompanhado várias vezes pelo músico, e com quem partilhava o projeto musical Alvorada, ao lado de Cátia Garcia, que estava em vias de ser editado.