A revista "Angola In", lançada em 2007 por uma empresa portuguesa e dirigida ao mercado angolano, foi reformulada e a primeira edição da nova série sai em Dezembro, pela primeira vez também nas bancas portuguesas.
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A revista, lançada há quatro anos pela empresa de comunicação Comunicare, pretendia colmatar uma necessidade que a empresa identificou no mercado angolano: "uma abordagem positiva de Angola", resumiu o director-geral, Daniel Mota, à margem da apresentação da segunda edição da revista, em Lisboa.
Tendo sido, na altura, a primeira revista de informação generalista angolana, segundo a própria empresa, a "Angola In" surge agora com uma periodicidade mensal (era bimestral), e passa a ser vendida também em Portugal, com um preço de capa de 3,50 euros. Em Angola custará 400 kwanzas ou cinco dólares.
Um maior alargamento da distribuição às províncias angolanas é outra novidade, sendo Benguela, Cabinda, Huambo, Lubango e Malange as primeiras a receber a nova revista. Segundo Daniel Mota disse à Lusa, a empresa duplicou a tiragem, passando para 15 mil exemplares.
Uma aposta na plataforma digital, uma maior difusão de conteúdos online e a tradução para inglês, numa primeira fase, e depois para espanhol são outras apostas.
A nível editorial, a revista tem uma média de 132 páginas e, apesar de inicialmente ter um foco nas áreas da economia e negócios, passará agora a incluir informação, análise, entrevistas, 'estórias', relato de casos de angolanos de sucesso e até desporto, contou a editora da revista, Manuela Bártolo. O foco será Angola, mas também os restantes países lusófonos.
A revista conta com a colaboração de dez jornalistas fixos e com "cinco ou seis freelancers, tanto na fotografia como na área da produção de conteúdos", acrescentou Manuela Bártolo, que prevê um aumento do número de colaboradores com o alargamento às províncias angolanas.
A revista é editada em Portugal, mas a produção de conteúdos é luso-angolana e entre os jornalistas fixos, metade estão em Portugal e a outra metade em Angola. Haverá ainda um conjunto de cronistas, personalidades luso-angolanas que já estão definidas, mas cujos nomes ainda não foram revelados.
A primeira edição da segunda série da "Angola In" sai no final de Dezembro, com capa de Janeiro e a empresa que tutela a revista tem já em vista a edição de uma revista idêntica para o mercado moçambicano. "É um projecto a dois anos. Será seguida a mesma estratégia de Angola, mas em Moçambique", disse Daniel Mota, admitindo que possa haver novidades já no próximo ano.
Questionado sobre a origem do financiamento do projecto "Angola In", Daniel Mota disse tratar-se de capitais da Comunicare, mas "há um conjunto de parcerias" nomeadamente com as empresas Idea Can, Interpublishing e Sapo Angola. "O que se pretende é que venha a ser auto-sustentável, através da publicidade e das assinaturas".