O líder do BE dirigiu-se hoje, domingo, ao eleitorado socialista "que deu as maiorias absolutas", afirmando que o seu partido é o único que "enfrenta" o PS e combate políticas como "o Código do Trabalho ou a perseguição aos professores".
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Discursando no final de um almoço/comício na sala Tejo do Pavilhão Atlântico, o coordenador bloquista dramatizou o apelo ao voto dos eleitores socialistas e referiu que "a campanha de ódio dirigida pela direita em relação ao BE" demonstra que o seu partido é a "esquerda grande".
Louçã começou por lançar críticas a Santana Lopes por "sair à liça" para apoiar José Sócrates, referindo-se aos elogios que o antigo primeiro-ministro deixou ao secretário-geral do PS depois do frente-a-frente televisivo com o líder do BE, e disse que o seu partido tem "uma aliança e uma coligação com quem trabalha".
"A quem votou no PS há quatro anos e meio, dizemos que acabar a maioria absoluta é o princípio do fim da aventura irresponsável", declarou Francisco Louçã, para em seguida se dirigir "sobretudo àqueles que na hesitação, na dúvida, não sabendo o que vai acontecer, até acham que ainda se pode fazer alguma coisa votando no PS".
"Sabem que no dia a seguir a terem votado no PS vão acordar com uma ressaca monumental e se vão perguntar como é que possível que possa continuar a política contra a educação, contra o emprego e o partido dos negócios", acentuou.
Em jeito de apelo, o dirigente do BE rematou: "A esses é que temos de falar e a esses dizemos, é tempo de decisão".
BE quer fim da lei sobre enriquecimento ilícito aprovada pelo Governo PS
O líder do BE, Francisco Louçã, afirmou que o seu partido se irá bater pelo fim da lei sobre o enriquecimento injustificado aprovada pelo Governo por considerar que esta "não combate mas branqueia a corrupção".
"No combate à corrupção, o BE vai bater-se pelo fim da lei do PS que determina que quando há uma mala de dinheiro que entra numa conta cujo beneficiário não quer justificar a fortuna, o Estado e a Justiça fecham os olhos desde que dê uma pequena parte", declarou o líder bloquista, durante um comício no Pavilhão Atlântico.
Centrando parte da sua intervenção nas propostas do seu partido para o sector da justiça, Louçã considerou que o "silêncio sobre a justiça, os casos que se discutem no Tribunal, que ficam no marasmo dos dias e que nunca são esclarecidos demonstram uma democracia fraca".
Francisco Louçã defendeu que as "custas judiciais para as pessoas possam ser reduzidas contra a justiça de elite que Sócrates impôs" e a aplicação de "todos os meios para as investigações mais difíceis" mas com "toda a exigência para a justiça".
"Ser forte contra o crime não é ter uma justiça que demora, porque uma justiça que demora é uma justiça que esquece", acrescentou Louçã, que destacou a importância da carreira de "advogados públicos que garantam a qualquer pessoa o direito de se defender".