<p> <strong>02.27 h - </strong>Caiu o pano em Paredes de Coura e caiu forte, explosivo, cheio de rock. Os The Hives são um caso sério no panorma rock. Inteligentes a lidar com o público, surpreendentes ao longo do tempo em que dão show no palco. Esgotaram as energias dos festivaleiros que ainda resistiam e devem ter sido causa das muitas nódoas negras, causadas nos sucessivos mergulhos de corpos no fosso do palco. Electrizante. Veja as fotos de Paredes de Coura <a href="http://jn.sapo.pt/blogs/festivaisdeverao/default.aspx">AQUI</a></p>
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00.14 h - Jarvis Cocker começou a sua actuação animado, interagindo com o público, e ao longo do concerto, mostrou que ainda é um artista original. O ex-vocalista dos Pulp continua um senhor de palco com muito jeito e sentido de humor para animar uma plateia de qualquer festival. A excentricidade do britânico foi até ao momento o melhor da noite.
22.35 h - Os Howling Bells vieram de Sidney e trouxeram melancolia à última noite do festival. A banda australiana que já abriu concertos dos The Killers e Placebo lá foi entretendo o público que, por esta hora, deambulava entre as barraquinhas e os stands.
21.35 h - Dados oficiais da organização indicam que estiveram 23 mil pessoas no recinto do festival na noite de sexta-feira, em que actuaram Peaches e Nine Inch Nails. O festival de 2010 vai-se realizar entre 28 e 31 de Julho.
21.18 h - Os espanhóis The Rigth Ons entraram forte em palco. Mais conhecidos no país vizinho, a banda junta ao rock garage uma sonoridade soul e consegue resultados interessantes. Do público arrancou uns braços no ar, mas não conseguiram por de pé as largas centenas de festivaleiros que permaneciam sentados no relvado. Quase no final da actuação, atiraram maracas para a frente do palco e fizeram a festa em conjunto.
20.05 h - Os Foge Foge Bandido, do ex-líder dos Ornatos Violeta, abriram a última noite de concertos em Paredes de Coura. "O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu que Estraguei", o disco que é também livro, passou no palco e foi bem recebido pelo público, que pouco a pouco, vai enchendo o relvado. Os cinco músicos sentados em palco estão em sintonia com quem assiste nas primeiras filas ao espectáculo. "Orienta aí cem paus", pediu Manuel Cruz em tom de provocação. Muitos cantam com a banda, mas a maior parte permanece sentada e parece desconhecer este projecto musical alternativo, obra muito pessoal do vocalista. Pela primeira vez neste festival, a banda que abre o dia teve direito a "encore". O público pediu, Manuel Cruz voltou.
17.02 h - A chuva caiu durante a noite de sexta-feira e manhã deste sábado. Os campistas rumaram à vila, esgotaram pão e jornais e passaram horas nos cafés e nos restaurantes. Ao quarto dia do festival, percebe-se que a energia já não é reposta apenas com sandes e fast food. Para logo, o destaque do palco vai para o rock nostálgico dos suecos The Hives.
Dia 3
02.00 h - A legião de fãs que se deslocou a Paredes de Coura para ver ao vivo os Nine Inch Nails vibrou com o concerto da banda de Trent Rezno. Mais de 20 mil pessoas estiveram presentes no relvado do Tabuão para assisistirem muito provavelmente ao último concerto da banda em Portugal. "Mosh" e muitos saltos a acompanhar a batida deste rock industrial fecharam em força o penúltimo dia do festival. Se foi um adeus, foi em grande.
23.46 h - A frase "ela é louca" repetiu-se durante os cinco minutos em que Peaches cantou deitada sobre o público, agarrada por um sem número de mãos saídas da moldura colada em frente do palco. Merrill Beth Nisker é extravagante e explode num exotismo electropunk. Esta ex-professora primária "provocou" o público, obrigou-o a tirar as t-shirts e, de cima do palco, filmou a cena. Entrou no palco mascarada e com um vestido balão, usou um fato estilo bobo da corte, um roupão de banho, terminando a actuação com um body. Electrizante, hiponótica, Peaches declarou o seu amor por Portugal, depois de uma actuação brilhante. Um verdadeiro animal em palco.
22.04 h - Blood Red Shoes. Excelente concerto deu o duo de Brighton. Uma guitarra e uma bateria foram suficientes para dar corpo a um som entre o garage e o punk. Steven Ansell e Laura-Mary Carter merecem estar nos melhores festivais do mundo.
21.06 h - Os Portugal The Man trouxeram ao festival uma sonoridade de rock progressivo. Concerto que, em alguns momentos, teve a aprovação de um público claramente à espera do Nine Inch Nails.
20.00 h - Eles vieram de Braga para cantar sobre filosofia, desejos e falar sobre os amores de Diana, caso a princesa ainda fosse viva. À segunda música, a "matilha" Mundo Cão explicou, em Português popular,que Nietzsche faria sexo anal com Descartes e, no terceiro tema, Pedro Laginha garantiu que o galáctico Cristiano Ronaldo não deixaria escapar a hipótese de ter um caso amoroso com a princesa Diana, caso a soberana ainda estivesse neste mundo cão. Durante 40 minutos, a banda passou em revista os temas do seu segundo álbum "A geração da Matilha", com letras de Adolfo Lúxuria Canibal e Valter Hugo Mãe, e portou-se à altura, conseguindo encher gradualmente a frente do palco do anfiteatro do Tabuão. Pedro Laginha, actor e vocalista do quinteto, sentiu "prazer tocar em Paredes de Coura num dia tão especial". O público também.
17.50 h - A organização do festival anda a espalhar uns avisos para o concerto dos Nine Inch Nails de logo à noite. A banda vai usar luzes de strobe, lê-se num panfleto que foi colado em vários stands do recinto. Será que a generalidade do público sabe que o que são luzes de strobe? A advertência apenas alerta para o uso desse tipo de iluminação! Já agora o JN informa: Luzes de strobe são efeitos luminosos do tipo pisca pisca (pulsos de luz). Não aconselhado para quem sofre de epilepsia.
16.10 h - Depois de um concerto extasiante dos Franz Ferdinand, as expectativas para o terceiro dia do festival de Paredes de Coura estão centradas nos Nine Inch Nails. As 20 mil pessoas reunidas na noite de quinta-feira no anfiteatro da praia do Tabuão deixaram a organização com um sorriso estampado no rosto. Fora do recinto, ouvem-se as primeiras queixas dos campistas. O preço elevado das bebidas praticados na praça da restauração (um copo de cerveja por dois euros!) não são apropriados para as bolsas apertadas da maior parte dos jovens presentes, maioritarimente com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos... Na vila os preços são mais baixos, mas a deslocação ao centro de Paredes de Coura é uma longa e penosa caminhada.
DIA 2
00.25 h - Ritmos dançantes do indie rock. Os escoceses
Franz Ferdinand colocam o público a saltar e a cantar. Fecho em grande do segundo dia do festival. Excelente início de concerto.
22.47 h - Eis chegado o rock alternativo dos ingleses Supergrass. Já se dança no recinto, cheio, do festival.
21.37 h - The Horrors. Melancolia barulhenta, solos de efeitos sonoros e feed back propositado. Nítidas tendências de Joy Division.
20.02 h - The Pains Of Being Pure At Heart em palco. Quatro rapazes e uma rapariga, guitarras arrastadas, voz melancólica.
19.40 h - The Temper Trap abriram o festival com 40 minutos de rock australiano. Entraram forte e, em alguns momentos, agarram a plateia.
17.45 h - "Not war", "Mundo em paz". Milhares de pequenas mensagens foram deixadas pelo público no stand da Amnistia Internacional
17.30 h - Abriram as portas do recinto principal de Paredes de Coura. Barba comprida e sem cabelo, o primeiro elemento do público desceu a correr o anfiteatro natural da praia do Tabuão, seguido por muitos outros que já ocupam a frente de palco.
17.00 h - Cumprida a tradicional chuva de Paredes de Coura, o calor chegou. No palco Jazz na Relva actuam os TUBAB. O público dispersa-se por jogos de cartas e um mergulho no rio, combatendo o calor com uma cerveja gelada ou um copo de vinho acabado de sair do frigorífico improvisado na água.
16.00 h - Chinelos de dedo, tronco despido, esplanadas. Paredes de Coura acordou quente para o segundo dia de festival, depois de uma noite que, mesmo sem concertos no palco principal, acabou com casa cheia.
DIA 1
01.18 h . Patrick Wolf termina a actuação no Paredes de Coura com o público a pedir por mais. A banda não acedeu ao pedido.
00.25 h - Depois dos Strange Boys saírem de palco, Patrick Wolf aquece o público. Fortes acordes de violino inundam o recinto.
23. 50 h - Sean Riley and the Slowriders já actuaram e fizeram lembrar Bob Dylan. No palco secundário do Festival Paredes de Coura os norte-americanos The Strange Boys foram, depois, aplaudidos por milhares de pessoas "apertadas" junto do palco secundário.
21.44 h - Entre a zona de alimentação e as várias barraquinhas instaladas no recinto, o público aguarda pelo primeiro concerto da noite.
20.30 h - Abriram as portas do Festival
17.48 h - A esta hora, Paredes de Coura estava assim como em estágio para o arranque de quatro dias de música. Tempo cinzento e praia fluvial interdita a banhos não ajudavam muito à festa. A zona de campismo estava já, no entanto, lotada.
A azáfama, a poucas horas da abertura das portas, era grande. Tranquilidade só mesmo junto ao palco principal, onde hoje não subirá nenhuma banda. Na vila, ainda não havia trânsito nem filas para os estabelecimentos de restauração. As honras do primeiro dia do festival caberão a Patrick Wolf que, pela meia-noite, dará o principal concerto desta quarta-feira.
*com Luís Pedro Carvalho