O selecionador nacional sabe, melhor do que ninguém, que Portugal vai enfrentar uma das melhores seleções do Mundo, quarta-feira em Donetsk, na meia-final do Euro 2012. No entanto, Paulo Bento garante que a equipa das quinas vai ter coragem para atacar a campeã da Europa e do Mundo.
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"O jogo vai ter momentos em que iremos conseguir dominar. Não tenho dúvidas disso. Queremos ter a bola, mas sabemos que do outro lado vai estar uma equipa que, nesse item, supera praticamente todas os adversários. Devemos ter ambição e coragem de os atacar, mas, ao mesmo, tempo ter a paciência de saber onde pressionar a Espanha. Queremos dividir o jogo com a campeã da Europa e do Mundo. Eles também sabem que lhes vamos causar muitos problemas", realçou o treinador português.
"Este é um dos momentos mais fáceis em termos motivacionais. Tivemos um trajeto muito bom e não há lugar a ansiedade ou a pressão, mas sim de responsabilidade para que a alegria dos portugueses se possa prolongar até ao dia 1, em Kiev", acrescentou Paulo Bento, manifestando vontade de resolver o encontro em 90 minutos, mas, ao mesmo tempo, preparado para ir a prolongamento ou penáltis.
Desvalorizando a vitória, por 4-0, conseguida frente à Espanha no amigável de 2010, o selecionador sabe que é "muito difícil" repetir o resultado, mas "é possível repetir a vitória". E nem o facto da nomeação do árbitro turco Cuneyt Çakir ter causado incómodo na Federação travou a ambição do treinador, embora tenha deixado no ar algumas dúvidas.
"Quando se faz uma nomeação para um jogo tão importante como este, quando está em causa um acesso à final, o mínimo que se pede a um comité de arbitragem é que designe os árbitros em melhores condições. Espero que ninguém fique pressionado com coisas que são outro tipo de relacionamentos e desejos. Já aconteceram alguns episódios em jogos anteriores, com a Espanha e a Alemanha, que levam a que quem está fora do futebol possa pensar que há condicionalismos", disse o selecionador que pode marcar a sua primeira fase final como técnico com a presença no jogo decisivo.
"Já estive numa meia-final de um Europeu enquanto jogador (2000). Oxalá que o consiga, agora, como treinador. Mais importante do que ser a primeira vez para mim, é que Portugal possa disputar a segunda final da nossa história. Falta um jogo para isso e nós temos 50% de hipótese para vencer", finalizou Paulo Bento.