Dezenas de elementos da polícia lançaram granadas de gás lacrimogéneo contra os trabalhadores da equipa de segurança do Mundial 2010, que protestavam contra os baixos salários, no estádio de Durban, domingo à noite.
Corpo do artigo
"Iremos assegurar que este tipo de situações não se repita", declarou o porta-voz das forças de segurança, Leon Engelbrecht, que confirmou a utilização de gás lacrimogéneo e disparos de balas de borracha contra os manifestantes que não ficaram feridos.
O porta-voz adiantou que os protestos começaram após uma discussão relacionada com pagamentos, entre o responsável pela contratação dos seguranças e os trabalhadores que tentarem permanecer no local, horas depois de ter terminado o jogo entre a Alemanha e a Austrália.
"Felizmente, tudo isto ocorreu após o jogo", afirmou Leon Engelbrecht.
Segundo testemunhas, a polícia terá lançado duas granadas de percussão para retirarem os trabalhadores de um parque de estacionamento situado sob o estádio Moses Mabhida, em Durban.
As mesmas testemunhas relataram que cerca de 30 elementos das forças policiais terão também lançado granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, no exterior do estádio.
Por sua vez, a porta-voz das autoridades policiais em Durban, Phindile Radebe, estimou em duas centenas o número de manifestantes, tendo assegurado que não foram efectuadas detenções, apesar das investigações estarem ainda a decorrer.
Na quarta-feira, altura em que irá ocorrer o jogo entre a Espanha e a Suíça, a segurança no estádio vai ser reforçada, de acordo com a mesma responsável.
Até ao momento, a FIFA não fez qualquer comentário sobre o sucedido.