Depois de uma feira bem sucedida, nos Carvalhos (Vila Nova de Gaia), o encontro com o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, tornou-se, apesar do carácter informal e do rótulo da cortesia, o ponto mais relevante da campanha do CDS-PP, esta quarta-feira.
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A audiência foi pedida pelos centristas, e só anteontem, pelo jantar, houve a confirmação de que seriam recebidos por Rio nos Paços do Concelho da Invicta. De que falaram? À saída, Portas disse que foram abordados tems respeitantes à cidade, como a reabilitação urbana, e à Área Metropolitana, como o metro. Mas isso não foi, obviamente, o mais importante.
Dizendo ser uma tradição visitar o autarca portuense, o líder do CDS apontou, mal começou a falar, um factor determinante: "Existe nesta câmara, há três mandatos, uma coligação do PSD com o CDS, que respeita a identidade de cada partido e em que cada partido contribui para o bem comum".Não faltaram, portanto, os elogios à "gestão financeira rigorosa", à "gestão cuidadosa do endividamento" e à "despesa controlada".
"Não venho aqui fazer uma declaração de natureza partidária", disse ainda Portas, embora não possa isso significar que fez um interregno na campanha. O encontro tem, claro, um significado muito forte, apesar de Rio, que se mostrou disposto a receber qualquer líder partidário que o solicite ("é a minha obrigação, enquanto presidente da Câmara") e não deixou de manifestar a esperança numa vitória eleitoral do PSD, coisa que disse poder afirmar na qualidade de autarca, portanto foi eleito pelo partido em que milita. Confuso? Assim é a política de alto coturno.
Na audiência, Paulo Portas fez-se acompanhar por José Ribeiro e Castro, cabeça-de-lista pelo Porto e pelos deputados Cecília Meireles e João Almeida. Estiveram ainda presentes dois elementos centristas do Executivo municipal: o vice-presidente, Álvaro Castelo Branco, e o vereador Manuel Sampaio Pimentel.