O líder do Movimento Esperança Portugal inaugurou, terça-feira, o ciclo de cinco "comícios mais pequenos do mundo" em casa de uma família monoparental, em Oeiras, para contrastar com a "política espectáculo".
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Rui Marques visitou a casa da arquitecta Catarina e sua filha, Isaura, inteirando-se dos vários problemas e dificuldades enfrentados - do emprego à habitação, do endividamento à educação - porque "os grandes comícios", os "soundbytes" e a "guerrilha entre dirigentes partidários" não vão "às realidades concretas do dia-a-dia".
"Vimos ao encontro das famílias portuguesas na sua diversidade. Os grandes comícios não têm a ver com a vida das pessoas, com as situações de dificuldade e precariedade que enfrentam", disse o responsável do MEP.
Catarina explicou ter abandonado um gabinete de arquitectura por opção, para se tornar independente, mas que "esta altura não foi a melhor", devido à grave crise financeira que se vive em Portugal e a fazer parte de uma das 390 mil famílias monoparentais do país.
"O meu trabalho é uma luta porque é muito trabalho para arranjar trabalho", afirmou, congratulando-se com a recente vitória em dois concursos, na Madeira e em Torres Vedras, e confessando sentir-se uma privilegiada por ter conseguido "algumas poupanças", além da inestimável "ajuda dos pais", destacada por Rui Marques como um dos valores da família.
A pequena Isaura, de nove anos, partilhou com Rui Marques o ambiente vivido na nova escola, "muito maior do que a antiga", mas ainda não sabe o que quer fazer quando for grande, só que não quer "desenhar casas para as outras pessoas construírem como a mãe".
O MEP vai ainda visitar durante a campanha eleitoral para as legislativas de 5 de Junho uma idosa (família unipessoal), um núcleo familiar de imigrantes, uma família jovem (com um recém-nascido) e um casal de pais que escolheram o caminho da adopção.