Jerónimo de Sousa prometeu defender a escola pública mas, como barulho de fundo, tinha o protesto de estudantes contra a pintura da CDU nas escadarias monumentais de Coimbra. Já como principal alvo, o secretário-geral do PCP escolheu Paulo Portas.
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Enquanto os apoiantes da JCP e os estudantes em protesto gritavam à desgarrada - com estes a exibirem cartazes que diziam "vandalismo monumental" e "expressão não é destruição" -, o líder comunista foi discursando.
Em causa, a mensagem pintada em todos os degraus, contra as propinas, contra o Processo de Bolonha e por mais bolsas. Jerónimo tentou mostrar aos alunos que as propostas da CDU defendem os seus interesses, ao contrário dos partidos da "troika" (PS, PSD e CDS).
Neste âmbito, considerou que o facto de José Sócrates se "apresentar" como defensor do Ensino Público em Portugal "é um embuste". E, nesta matéria, colocou-o em pé de igualdade com o líder do PSD, Passos Coelho. A seu ver, o primeiro-ministro tem promovido a "elitização no acesso ao conhecimento".
Quanto a Paulo Portas, o secretário-geral do PCP acusou-o de mentir quando promete defender os pobres, a agricultura e o Estado Social. "Diz que não será muleta de ninguém, mas aquilo que quer é ir para o poder com o primeiro que lhe aparecer", denunciou.