Para que nada falhe, a segurança do encontro de hoje, terça-feira, entre Portugal e Moçambique, foi planeada com todo o cuidado pelas autoridades sul-africanas, em coordenação com os organizadores do jogo. Quatrocentos polícias estarão "em campo".
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O Portugal-Moçambique desta tarde, com arranque agendado para as 15.30 horas (TVI), terá segurança reforçada. Depois dos incidentes de anteontem, no Coreia do Norte-Nigéria, a organização do encontro e a Polícia sul-africana querem evitar que uma situação idêntica se repita.
A organização do jogo pertence à MSC Sports, que apela a que as pessoas que não possuem bilhete evitem deslocar-se ao estádio. Recorde-se que os incidentes de anteontem foram causados por adeptos que tentaram forçar a entrada no Estádio Makhulong, nos arredores de Joanesburgo. Mais de uma dezena de pessoas, entre as quais um polícia, ficaram feridas.
Os tumultos dominaram as primeiras páginas dos jornais de ontem na África do Sul e existe uma preocupação generalizada, visto que o Mundial arranca já na próxima sexta-feira.
O recinto onde Portugal vai actuar, o Wanderers Stadium (Joanesburgo), tem capacidade para mais de 40 mil espectadores, mas apenas foram emitidos 37 mil ingressos e a lotação está há muito esgotada. Carlos Queiroz revelou, ontem, que o local foi escolhido para não forçar os jogadores a uma grande deslocação, sublinhando que não é a primeira vez que este anfiteatro recebe uma partida de futebol. Na reunião entre os organizadores e as autoridades, ficou decidido que serão destacados quatro centenas de operacionais da Polícia local para garantirem a segurança do evento.
Hooligans mandados para casa
Os representantes da comunidade portuguesa em Joanesburgo estão tranquilos e o mesmo se passa com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), pois nada indica que possa repetir-se uma situação semelhante à de anteontem.
Não obstante a Polícia apostar na prevenção, a criminalidade continua a ser a maior preocupação dos organizadores do Campeonato do Mundo. E, no final de uma dia em que o sistema de segurança falhou num estádio onde se defrontavam duas selecções com presença no torneio - a FIFA lamentou, mas descartou qualquer responsabilidade, por não se tratar de um desafio do Mundial -, a Polícia deu uma demonstração de competência. As autoridades procederam à detenção de dez "hooligans" argentinos, que chegaram ao aeroporto de Joanesburgo num voo proveniente de Luanda, Angola, e foram, ontem, devolvidos ao país de origem.
Segundo os serviços de inteligência sul-africanos, os "hooligans" planeavam provocar distúrbios com adeptos dos rivais da Argentina no Grupo B - Nigéria, Coreia do Sul e Grécia".
