Jatos russos bombardearam, esta quarta-feira, forças apoiadas pelos Estados Unidos, em aldeias próximas de Al-Bab, norte da Síria, por pensarem que as áreas estavam sob ocupação do autoproclamado Estado Islâmico, crê o Exército dos EUA.
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A informação foi avançada esta quarta-feira por um oficial norte-americano, citado pela agência AFP.
"Aviões russos e do regime bombardearam algumas aldeias que eu acredito pensarem estarem a ser ocupadas pelo Estado Islâmico. Na verdade, no terreno estavam forças da Coligação Síria Árabe", disse aos jornalistas o tenente-general Stephen Townsend, do Exército norte-americano, acrescentando ter havido "algumas baixas".
O responsável da coligação internacional de combate ao EI liderada pelos Estados Unidos acrescentou que havia unidades norte-americanas a menos de cinco quilómetros de distância e que os russos "puseram fim ao bombardeamento" quando aqueles os avisaram, através de uma linha especial de comunicação.
O incidente ilustra quão complexa a situação no terreno se tornou perto de Al-Bab, uma cidade situada perto da fronteira turca.
"Há três exércitos e uma força inimiga (o EI) concentrados na mesma zona", sublinhou o general Townsend, referindo-se às forças do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, às forças turcas e à aliança árabe curda.
Estes exércitos devem "manter-se concentrados" no grupo extremista Estado Islâmico "e não combater-se deliberada ou acidentalmente", considerou.
Al-Bab era um importante bastião dos jiadistas do EI no norte da Síria, mas as forças turcas e grupos rebeldes sírios aliados conseguiram recuperar o controlo da cidade na semana passada, após semanas de intensos combates.