Os presidentes cessantes da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, felicitaram, esta segunda-feira, a presidente reeleita do Brasil, afirmando-se certos de que os seus sucessores em Bruxelas prosseguirão o trabalho com Dilma Rousseff para ampliar a parceria estratégica UE-Brasil.
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Numa mensagem conjunta dirigida a Dilma Rousseff, confirmada a sua recondução como presidente do Brasil após a segunda volta das eleições, no domingo, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy apontam que a reeleição "constitui uma oportunidade única para a consolidação da inequívoca trajetória de construção da democracia e da inclusão social no Brasil, fundamentada no avanço da igualdade de direitos e oportunidades e da estabilidade económica".
"Tal como ocorreu nos passados cinco anos, estamos certos de que os nossos sucessores trabalharão com o governo de Vossa Excelência para ampliar a nossa parceria estratégica com o objetivo de atingir novas metas que permitam impulsionar o crescimento e a competitividade das nossas economias e fazer face aos atuais desafios globais que o mundo enfrenta", indicam Durão Barroso e Van Rompuy, que abandonam a liderança da Comissão e do Conselho a 31 de outubro e 30 de novembro, respetivamente, entrando para os seus lugares Jean-Claude Juncker e Donald Tusk.
Sustentando que "a Europa e o Brasil partilham os mesmos valores democráticos e as mesmas aspirações de liberdade, de prosperidade, de solidariedade e de paz", Durão Barroso e Van Rompuy concluem a mensagem de felicitações fazendo votos para uma aproximação ainda maior entre UE e Brasil, no quadro de uma parceria lançada em 2007, durante a presidência portuguesa da UE.
"Ao aproximarmos os nossos países, sociedades e economias, estamos a criar maiores possibilidades de transformar estes valores e estas aspirações numa realidade para todos, quer a nível nacional, quer a nível internacional", dizem.
Dilma Rousseff foi reeleita domingo para um segundo mandato de quatro anos à frente da presidência do Brasil, com 51,6 por cento dos votos, quando estão contabilizados mais de 99 por cento dos votos, batendo Aécio Neves, candidato do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB, centro-direita), que obteve 48,3 por cento dos votos e já reconheceu a derrota.
A abstenção na segunda volta das eleições brasileiras rondou os 21 por cento. No Brasil, o voto é obrigatório, mas a multa para quem não comparece é baixa: 3,50 reais (1,12 euros).