O presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, advertiu esta quarta-feira que os norte-americanos não permitiriam a desacreditação dos resultados das presidenciais, que é a intenção de Trump através da tese infundada de fraude eleitoral.
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"Acho que esta época sombria de divisão e demonização dará lugar a um ano de luz e unidade", considerou Joe Biden enquanto discursava em Wilmington, no Delaware, a propósito do Dia de Ação de Graças.
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O presidente eleito acrescentou que a democracia "foi colocada à prova este ano", mas nos Estados Unidos da América (EUA) há "eleições livres e justas".
"Respeitamos os resultados [das eleições presidenciais de 3 de novembro]. O povo e as leis deste país não aceitarão mais nada", vincou o democrata.
Pouco antes deste discurso de Biden, que já tem um tom presidencial a caminho da tomada de posse, em 20 de janeiro, o presidente cessante dos EUA, o republicano Donald Trump, voltou a apregoar a tese infundada de fraude eleitoral e pediu aos apoiantes, que são cada vez menos, para lutarem contra um alegado esquema congeminado pelos democratas.
Trump ainda não reconheceu a derrota, apesar de já ter instruído à sua administração que desbloqueie o processo de transição entre a sua administração e a de Biden.
O desbloqueio aconteceu depois de vários estados cujos resultados eram contestados pela candidatura republicana terem certificada a vitória de Biden.
Entre pedidos de recontagem, a tentativa de manipular a opinião pública alegando que apenas os votos de eleitores que tinham votado no dia 03 de novembro eram "legais", oficiais democratas que impediam republicanos de aceder à contagem dos boletins e uma manipulação nacional orquestrada para impedir a vitória de Trump, foram várias as tentativas de Trump para reverter o resultado.
Contudo, as agências norte-americanas já tinham certificado que não houve quaisquer interferências no processo eleitoral e que esta tinha sido, inclusive, a eleição mais segura na história dos EUA.