Governo catalão mostra-se determinado a "seguir em frente" no desafio independentista, apesar da suspensão, feita esta segunda-feira pelo Tribunal Constitucional, à convocação da consulta. De acordo com o porta-voz do Executivo autonómico, Francesc Homs, a instituição irá "promover iniciativas legais orientadas a garantir que a cidadania possa exercer o direito de voto" no dia 9 de novembro.
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Lançada a incógnita sobre quais serão os próximos passos da Generalitat para contornar a suspensão do referendo, o certo é que a cidadania catalã mantém a pressão: milhares de pessoas vão concentrar-se ao final esta tarde diante de várias câmaras municipais catalãs para protestar contra a suspensão da consulta sobre a autodeterminação. Todos os partidos defensores do "direito a decidir" apoiaram as mobilizações convocadas pela plataforma Assembleia Nacional Catalã.
Embora garanta que "a determinação da Generalitat é seguir em frente", informando que irá pedir um levantamento da suspensão do referendo junto do Tribunal Constitucional, Francesc Homs não adiantou, no entanto, o que irá fazer o Governo catalão caso se mantenha a paralisação. Quanto à campanha institucional que o Govern catalão tinha em marcha para apelar à participação no referendo, foi ontem suspensa de forma "cautelar e temporal".
Entretanto, a Esquerda Republicana, partido que garante atualmente o apoio à CiU de Artur Mas, já adiantou que poderá ser necessário recorrer à "desobediência civil" para poder votar, afirmou o secretário-geral, Oriol Junqueras.