Os Estados Unidos anularam um projeto de atentado bombista suicida contra um avião comercial, desenvolvido pelo ramo iemenita da al-Qaeda. Plano estava previsto para 1 de Maio, por ocasião do primeiro aniversário da morte de Osama bin Laden.
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Um engenho explosivo, recuperado pelos serviços de informações norte-americanos num local não especificado, "deveria ser utilizado por um suicida a bordo de um avião comercial", declarou um responsável norte-americano do antiterrorismo a agências noticiosas internacionais, sem dar mais pormenores.
As circunstâncias nas quais a CIA anulou o projeto não foram detalhadas, mas foi garantido que "nenhum avião comercial" nem "nenhum [norte-]americano ou aliado" esteve em perigo.
"A deteção deste engenho explosivo demonstra a necessidade de manter a vigilância contra o terrorismo, aqui e no estrangeiro", frisou uma porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Caitlin Hayden.
Funcionários da Administração norte-americana disseram à agência Associated Press que o atentado foi planeado para acontecer por ocasião do primeiro ano da morte de Osama bin Laden. Não foi reveleado se o suspeito está sob custódia dos EUA.
Segundo fontes da investigação, o alegado suicida que a CIA intercetou em abril tinha indicação para comprar um bilhete de avião para um destino nos Estados Unidos à sua escolha.
A al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), implantada no Iémen, já tentou várias vezes explorar as falhas de segurança aérea e fazer explodir aviões comerciais destinados aos Estados Unidos.
Em 25 de dezembro de 2009, um nigeriano de 23 anos, Umar Farouk Abdulmutallab, tentou ativar os explosivos que tinha dissimulado nas cuecas a bordo de um voo entre Amesterdão e Detroit, com 290 pessoas a bordo. Os passageiros impediram que consumasse o plano.
O responsável antiterrorista citado pelas as agências internacionais adiantou que o projeto agora desmantelado era "similar" ao do Natal de 2009, apesar de algumas "diferenças notáveis".
Desta vez, "o engenho [explosivo] era não metálico e [era] ligeiramente diferente do utilizado no Natal de 2009, o que mostra que a AQPA adapta os seus métodos e as suas táticas", considerou.