As autoridades de Manica, centro de Moçambique, buscam sete pessoas desaparecidas num naufrágio no sábado e que fez cinco mortos, quando crentes de uma organização religiosa tentava atravessar um rio para uma vigília.
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Alberto Mondlane, governador de Manica, disse que o corpo de salvação pública, junto com a polícia moçambicana, alargou as buscas à barragem de Chicamba, na zona a jusante, da confluência de três rios, onde no sábado uma embarcação com 17 pessoas - 15 passageiros e dois tripulantes - naufragou.
"As buscas continuam", disse Alberto Mondlane, que se deslocou hoje ao local, elogiando "o espirito solidário e a prontidão de socorro da comunidade local, o que permitiu a redução de perdas".
Uma embarcação precária, movida a remo, naufragou na tarde de sábado com crentes da organização religiosa Zion Cristian Church (ZCC), de origem zimbabueana, quando o grupo tentava atravessar a confluência dos rios Revue, Messica e Chicamba (distrito de Manica), para participar numa vigília na outra margem, no distrito de Sussundenga.
Das vítimas, cinco pessoas foram resgatadas com vida e cinco, incluindo duas crianças e um apóstolo do pastor provincial da organização, morreram afogadas, estando outras sete desaparecidas numa zona infestada por crocodilos.
O primeiro socorro, duma comunidade pesqueira próxima a zona do incidente, só chegou 12 horas mais tarde, ou seja às 6 horas de domingo.
As pessoas resgatadas com vida foram encontradas abraçadas a galhos de árvores no curso e nas margens das águas, presumindo-se que as restantes vítimas tenham sido arrastadas pela corrente.
Em declarações hoje aos jornalistas na zona do incidente, Pio Langisse, pastor provincial da ZCC e um dos tripulantes sobreviventes do naufrágio, disse que o funeral dos corpos resgatados aguarda a chegada do pastor regional da ZCC, baseado no Zimbabué.
Enquanto decorrem as buscas, nas duas margens da zona da confluência dos rios, crentes da organização estão acampados em vigília, clamando pelo resgate das restantes pessoas.