Os combates entre forças ucranianas e separatistas pró-russos prosseguem, esta quinta-feira, de forma intensa junto ao aeroporto de Donetsk, com disparos regulares de "rockets", morteiros e artilharia.
Corpo do artigo
Este aeroporto internacional reconstruido para o Campeonato Europeu de Futebol em 2012, agora devastado por meses de combates, é um dos principais pontos de tensão que persistem entre os dois lados do conflito, que reivindicam o seu controlo, apesar do cessar-fogo decretado a 5 de setembro.
Segundo a agência de notícias francesa AFP, uma bandeira ucraniana flutua no topo do mais antigo dos dois terminais.
Durante a manhã e o início da tarde, as trocas de tiros eram ainda regulares entre forças ucranianas e separatistas, cujas posições se situam a menos de 200 metros de distância.
As forças separatistas disparavam morteiros, "rockets" e artilharia pesada, e o exército ucraniano respondia com salvas de "rockets" múltiplos Grad e obuses de canhões de artilharia.
De acordo com o comandante Guivi, um dos dois líderes separatistas que dirigem a batalha no aeroporto, o exército ucraniano recebeu recentemente reforços em Peski, localidade vizinha situada a uma dezena de quilómetros a noroeste da frente.
"Esperamos um ataque a qualquer momento, eles ainda têm as suas peças de artilharia em Avdiivka (outra cidade situada a oito quilómetros a nordeste) e Peski. Trouxeram mesmo novos ["rockets"] Grad e Furacão ("rockets" de maior calibre) para Peski", declarou.
"Os últimos dias foram mais calmos mas ontem (quarta-feira), eles dispararam Furacões. Atingiram os arredores da cidade, edifícios ficaram destruídos. Não tivemos, felizmente, qualquer morte a lamentar nas nossas fileiras, mas houve feridos ligeiros entre a população civil", acrescentou.
No final de um encontro com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, na terça-feira em Paris, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, exigiu o fim dos combates pelo controlo do aeroporto.