O Consulado-Geral de Portugal em Moçambique retirou, esta sexta-feira, o alerta de segurança para a província de Nampula, no norte de Moçambique, mantendo "o desaconselhamento" de viagens interurbanas para a província de Sofala, no centro do país.
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As autoridades consulares portuguesas têm feito o ponto de situação sobre a segurança em Moçambique, principalmente no centro do país, na sequência de ataques a veículos na Estrada Nacional Número 1, que o Governo atribui a homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e a confrontos com o Exército.
A instabilidade está associada a divergências que subsistiam entre a Renamo e o Governo em torno da lei eleitoral, já ultrapassadas, na sequência de cedências do executivo às emendas propostas pelo principal partido da oposição.
Na nota que emitiu, esta sexta-feira, o Consulado-Geral de Portugal em Moçambique dá conta da retirada de Nampula dos alertas de segurança, mantendo Sofala como destino a evitar, na sequência de relatos sobre confrontos entre os homens armados da Renamo e do exército governamental.
"Tendo em conta os incidentes ocorridos na província de Sofala, desaconselha-se aos viajantes deslocações interurbanas naquela província. Se tiver absoluta necessidade de o fazer, o viajante deverá procurar integrar-se, sempre que possível, nas colunas escoltadas pelas forças de defesa e segurança", refere a comunicação.
Na semana passada, o Consulado-Geral de Portugal retirou o alerta de segurança que havia emitido para a província de Inhambane, sul, na sequência de movimentações de homens armados da Renamo, deslocados das antigas bases da organização no centro do país.
Em relação a Maputo, as autoridades consulares portuguesas aconselham os cidadãos do país a "manterem as maiores cautelas nas deslocações", devido à onda de raptos que têm assolado o país.