Os serviços anti-terroristas iraquianos afirmam ter desmantelado 18 redes terroristas em Agosto e realizado a prisão de 66 pessoas, incluindo membros da Al-Qaeda.
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"Nós prendemos 66 terroristas, sendo árabes de diferentes nacionalidades, em Bagdad, Mossul e Diala", afirmou um alto responsável da unidade especial, numa conferência de imprensa em Bagdade.
A cidade de Mosul (norte do país) e a província de Diala (nordeste) são locais onde persiste a actuação de rebeldes.
Estas pessoas detidas seriam membros do "Estado Islâmico do Iraque"(braço iraquiano da Al-Qaeda), do partido Baas (do antigo ditador Saddam Hussein), e do Naqchanbadia, um grupo armado de ideologia sufi presente no norte do país.
As prisões foram feitas antes dos atentados de 19 de Agosto e não estão ligados aos ataques aos ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Finanças em Bagdade, que fizeram perto de 100 mortos e mais de 600 feridos.
O oficial da unidade especial afirmou que os serviços conseguiram interceptar os circuitos de financiamento destes grupos, que segundo ele, têm ligações com países vizinhos do Iraque, em alusão à Síria.
"O Iraque enviou reforços de soldados e policiais para a fronteira com a Síria para fazer cessar a entrada de insurgentes no país", indicou o chefe de polícia da província de Anbar (Oeste).
Isto acontece depois das acusações iraquianas contra o governo de Damasco, suspeito de abrigar os mandantes dos dois atentados de 19 de Agosto em Bagdade.
Uma crise diplomática explodiu entre os dois países depois destes dois atentados e os dois governos chamaram os respectivos seus embaixadores.