A morte do presidente polaco, Lech Kaczynski, e de altos dignitários polacos num acidente de avião na Rússia foi considerada hoje, sábado, uma "tragédia inimaginável" e levou vários países da União Europeia a endereçarem condolências ao povo polaco.
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"É uma tragédia inimaginável, uma tristeza inimaginável", exclamou Lech Walesa, chefe histórico do sindicato polaco Solidariedade e ex-presidente daquele país, ao saber do acidente do avião do presidente, que se dirigia para uma cerimónia em Katyn, na Rússia, onde foram massacrados há 70 anos milhares de oficiais polacos por ordem de Estaline.
"Há 70 anos, em Katyn, os soviéticos eliminaram as elites polacas. Hoje, a elite polaca também aí morreu, quando se preparava para render homenagem aos polacos mortos" em 1940, declarou Walesa à AFP.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, e o seu primeiro-ministro, Vladimir Putin, já apresentaram as condolências após a catástrofe aérea de hoje na Rússia, prometendo que será realizado "um inquérito minucioso" a este drama.
A presidência da União Europeia (UE) exprimiu solidariedade para com a Polónia.
"Exprimo a nossa solidariedade para com a população polaca face a esta tragédia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Angel Moratinos, falando enquanto representante da presidência rotativa da UE.
Num comunicado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou a sua "grande emoção" e "profunda tristeza" pelo acidente e apresentou condolências às famílias do presidente morto e das vítimas, em nome pessoal e do povo francês.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, declarou-se "chocado e impressionado" com a morte de Kaczynski, que considerou "um dos atores mais importantes da história politica moderna da Polónia".
A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou aos jornalistas estar "profundamente consternada" pelo acidente e remeteu para mais tarde uma reacção oficial.
O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros Franco Frattini, recebeu "com uma profunda dor a notícia do acidente" e exprimiu "as mais sinceras condolências particularmente à família do presidente Kaczynski, às instituições e ao povo polaco, ao qual a Itália está ligada por sentimentos de profunda amizade".
O secretário-geral da Nato, Anders Fogh Rasmussen, apresentou as suas "profundas condolências" ao povo polaco e aos familiares "de todas as pessoas mortas neste terrível acidente", em nome pessoal e da organização.
Também a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) expressou condolências ao povo polaco e às famílias dos falecidos.
O Papa Bento XVI declarou ter recebido "com uma profunda dor" a morte "trágica" do Presidente polaco Lech Kaczynski num acidente aéreo ocorrido na Rússia.