O exército egípcio pediu, quinta-feira, "desculpa" pelos mortos resultantes dos violentos confrontos entre manifestantes hostis ao poder militar e a forças da ordem.
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O Conselho supremo das forças armadas, num comunicado publicado na sua própria página do Facebook, "lamenta e apresenta profundas desculpas pela morte como mártires de filhos leais ao Egipto durante os recentes acontecimentos na praça Tahrir".
Os confrontos que tiveram início no sábado no Cairo e em várias outras cidades provocaram oficialmente 35 mortos, maioritariamente na praça Tahrir, no centro da capital egípcia.
As forças da ordem são acusadas por contestatários e médicos de atacar os manifestantes nos olhos com tiros de balas de borracha.
A utilização massiva de gás lacrimogéneo também é a causa suspeita das mortes por asfixia e médicos referiram que houve mortes causadas por balas reais.
Estes confrontos constituem a mais grave crise para o poder militar desde que assumiu a direcção do país depois da queda do presidente Hosni Mubarak a 11 de Fevereiro último e ocorrem a dias do início, previsto para 28 de Novembro, das primeiras eleições legislativas depois da revolução.