As forças iraquianas lançaram esta quinta-feira uma ofensiva contra o grupo Estado Islâmico junto à fronteira com a Síria.
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Bagdade e os seus aliados têm igualmente apertado o cerco ao Estado Islâmico (EI) no seu último grande reduto em Mossul, onde a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos anunciou ter duplicado o número de conselheiros militares.
"Foi lançada uma operação militar nas zonas ocidentais da província de Anbar para as libertar do Daesh [acrónimo árabe para Estado Islâmico]", indicou o general Qassem Mohammedi, líder do Comando de Operações Jazeera, citado pela agência France Presse.
A mesma fonte indicou que a ofensiva está a ser conduzida pela 7.ª Divisão do exército iraquiano, polícia e combatentes de tribos locais que se opuseram aos 'jihadistas', com o apoio aéreo da coligação internacional.
Os principais alvos da operação são Aanah, Rawa e Al-Qaim, as cidades iraquianas mais a oeste do Vale do Eufrades. "As nossas forças começaram a avançar a partir de Haditha em direção a Aanah tomando várias direções", indicou Mahammedi à AFP.
Haditha nunca foi tomada pelo EI quando o grupo avançou pela maior parte do Iraque sunita em 2014 e é território de uma tribo que tem liderado os combates contra os jiadistas na região.
"Chegou a hora de libertar as áreas ocidentais", afirmou Nadhom al-Jughaifi, um comandante dos combatentes tribais de Haditha.
As forças iraquianas retomaram grandes partes da vasta província de Anbar em 2016, incluindo a capital, Ramadi, e a cidade de Falluja.
Anbar é uma região deserta atravessada pelo Eufrades que faz fronteira com a Arábia Saudita, Jordânia e Síria. A segurança nas áreas reconquistadas mantém-se precária e os 'jihadistas' continuam a mover-se com relativa facilidade na província.
O EI perdeu mais de metade do território que chegou a controlar no Iraque após a sua ofensiva em junho de 2014 e a perda de Mossul pode ser um golpe de misericórdia ao "califado" então proclamado.