O presidente francês, François Hollande, afirmou esta sexta-feira que França "fará todo o possível" para conseguir a libertação das pessoas feitas reféns durante um ataque armado contra um hotel de luxo em Bamako, Mali.
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Numa declaração proferida antes de um discurso dedicado à 21.ª Cimeira do Clima da ONU (COP21), agendada para o final deste mês em Paris, Hollande pediu ainda aos cidadãos franceses que estão "em países sensíveis" para "tomarem todas as precauções", em particular os franceses que se encontram no Mali, que devem contactar a representação diplomática francesa.
"No contexto que todos conhecemos, pedimos aos nossos cidadãos que tenham uma cautela extrema. (...) A vida não para, nem tão pouco a atividade económica, em todos os países que precisam de nós, mas é muito importante que pensem também na segurança", assinalou o chefe de Estado francês.
Em declarações à agência espanhola EFE, um porta-voz da polícia militarizada francesa ("gendarmerie") disse que 40 agentes das forças especiais de intervenção (GIGN) da polícia militarizada e uma dezena de elementos da polícia científica "estão a viajar neste momento" para o Mali.
A Air France informou entretanto que os 12 funcionários da companhia aérea francesa que estavam no Radisson Blu em Bamako, o hotel que foi alvo do ataque, conseguiram sair do local e "encontram-se num lugar seguro".
Num comunicado, a transportadora francesa precisou que os funcionários eram dois pilotos e 10 elementos da tripulação de cabine.
A Air France anunciou ainda o cancelamento dos voos de hoje de e para Bamako, bem como um reforço da segurança em vários locais onde os aparelhos da companhia fazem escala, mas sem especificar.