O autor do massacre que terminou com 12 crianças mortas numa escola do Rio de Janeiro deixou dois vídeos, gravados antes de cometer o crime, na passada quinta-feira. Confuso e aparentemente drogado, Wellington Oliveira diz que a "luta" era contra pessoas covardes, que se aproveitam da "bondade de incapazes". Veja o vídeo.
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O vídeo, de origem ainda desconhecida, do atirador de Realengo, Wellington Menezes de Oliveira, foi divulgado, terça-feira, pela TV Globo.
Confuso e aparentemente drogado, o atirador parece estar sozinho, segurando a própria câmara, em frente a um muro, numa posição idêntica à de uma foto que utilizava no seu perfil do "Orkut", uma rede social muito popular no Brasil.
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Nas imagens, Wellington "justifica" o acto criminoso que viria a cometer dias depois e afirma que sabia que o massacre seria uma "missão suicida".
"A nossa luta, pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo o que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem", disse o rapaz.
Em outra parte do vídeo, o jovem diz que se infiltrou na escola, três dias antes de cometer o crime. Para fazer o reconhecimento do local, optou por cortar a barba, uma táctica para "não despertar a atenção".
"Hoje, é terça-feira. Fui ontem, segunda, (à escola). Essa foi uma táctica para não despertar atenção. Apesar de viver sozinho, não ter uma família, praticamente. Vivo sozinho, não tenho pessoas a quem dar satisfações. Mas, como precisava ir ao local e interagir com pessoas, para não chamar a atenção, decidi cortar a barba", disse o atirador.