Londres quer a saída do presidente sírio, Bashar al-Assad, que se celebrizou por uma "crueldade bárbara" em relação ao seu povo, declarou uma porta-voz de Downing Street.
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"Não acreditamos que o presidente Assad, que dirige com uma crueldade bárbara o povo da Síria, seja a via para um futuro seguro e próspero para a Síria a longo prazo", disse a porta-voz num encontro habitual com a imprensa, repetindo a posição de longa data do governo britânico.
Adiantou ser por isso que o Reino Unido defende "uma transição política sem Assad" na Síria.
A ONU informou esta terça-feira que as forças que apoiam o regime sírio terão executado pelo menos 82 civis, incluindo 11 mulheres e 13 crianças, "provavelmente nas últimas 48 horas" em quatro bairros do leste de Alepo que recuperaram aos rebeldes.
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A porta-voz considerou que o problema de Alepo é a impossibilidade de fazer entrar ajuda, "auxílio médico ou água", adiantando que o Reino Unido irá pressionar os seus parceiros europeus na cimeira de quinta-feira em Bruxelas para aprovarem uma "declaração firme e clara" sobre a situação em Alepo e "a necessidade de um acesso humanitário e de um cessar-fogo".
Submetidos há quatro semanas a violentos bombardeamentos aéreos e de artilharia, os rebeldes perderam a quase totalidade do seu bastião no leste de Alepo e estão circunscritos, com dezenas de milhares de civis, no grande bairro de al-Machad.