Nações Unidas alertam para "situação devastadora" no enclave palestiniano. Governo israelita garante que cerco total ao território se manterá até que o Hamas liberte os reféns.
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São as vítimas mais vulneráveis e expostas em contexto de guerra, e, em apenas seis dias de conflito entre Israel e o grupo palestiniano Hamas, figuram já de forma expressiva entre as baixas, maioritariamente civis, registadas na cercada Faixa de Gaza, de onde não há fuga possível. O ministro da Saúde do enclave anunciou hoje que entre os 1417 palestinianos mortos estão 447 crianças, a que se somam 6268 feridos. Já em solo israelita, o número de mortos ascende já a 1300 e cerca de 3300 feridos. Depois do corte no fornecimento de água, eletricidade e combustível, Israel garantiu que não permitirá a entrada em Gaza de bens essenciais ou de ajuda humanitária até que o Hamas liberte os cerca de 150 reféns que mantém desde sábado.
As Nações Unidas alertaram hoje para a “situação devastadora” que se vive em Gaza, onde água e alimentos acabarão “muito em breve”, depois de Israel ter imposto um bloqueio total ao território. O Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU classificou ainda o quadro no enclave palestiniano como “terrível”.