Mais três corpos foram resgatados em alto-mar, próximo do arquipélago de Fernando de Noronha. O total é agora de 44. Franceses envolvidos nas buscas avistaram outros cadáveres.
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Esta sexta-feira prevê-se melhoria das condições meteorológicas na zona das buscas, o que poderá ajudar as operações da Marinha e da Força Aérea brasileiras. A Marinha tem 585 efectivos destacados e a Força Aérea 255.
Onze dias depois da queda do Airbus A330, o brigadeiro Ramón Cardoso, chefe do Departamento de Controlo do Espaço Aéreo da Força Aérea Brasileira, reconheceu que resgatar os 228 cadáveres é "uma hipótese muito remota".
Já se "informaram todos os familiares das vítimas de que nem todos vão receber os corpos das pessoas que viajavam no avião", declarou Ramón Cardoso, numa conferência de imprensa na cidade do Recife, onde se concentra o posto de comando das operações de resgate.
Os primeiros 41 corpos foram trasladados para solo brasileiro para se iniciar o complexo trabalho de identificação que, segundo admitiram fontes oficiais, será lento e complicado uma vez que estiveram mais de uma semana em alto-mar.
Navios franceses que operam na zona de buscas "avistaram" outros corpos, segundo o brigadeiro Ramón Cardoso.
O “Estadão.com” escreve que o exame preliminar a 16 corpos resgatados “reforça a hipótese de que ao menos parte do Airbus A330 se desintegrou antes de cair no Oceano Atlântico”.
Os cadáveres foram encontrados despidos ou com poucas roupas, “sinal de que as vestes podem ter sido arrancadas pela acção do vento”. Perceber o local do avião onde estavam sentadas pode ajudar a perceber a forma como a estrutura se partiu.
Está por enquanto afastada a possibilidade de fogo ou explosão no aparelho, uma vez que não foram detectadas queimaduras em nenhum dos corpos.
Os navios e aviões franceses que participam nas operações concentraram-se em águas do Senegal, onde se crê que as correntes marítimas tenham levado muitos dos cadáveres e parte dos destroços do Airbus.
O porta-voz militar acrescentou que a Força Aérea e a Marinha do Brasil propõem-se continuar as buscas até ao dia 19, quando poderão suspender as operações de resgate.
Acrescentou que dia 17 será feita uma avaliação das operações, que poderão prolongar-se até 25 de Junho se existirem possibilidades concretas de resgatar outros corpos ou partes do aparelho que possam ajudar na investigação das causas do acidente, que está a cargo das autoridades francesas.