Quase meia centena de cidadãos estrangeiros, sobretudo da Guiné-Conacri, foram apanhados pelas autoridades angolanas entre 14 e 23 de novembro nas praias de Luanda, tentando entrar ilegalmente em Angola em barcaças.
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A informação foi esta segunda-feira confirmada à agência Lusa pelo porta-voz da direção nacional do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) angolano que, através da direção provincial de Luanda, desenvolveu estas operações em conjunto com a Polícia Guarda Fronteiras.
De acordo com Simão Milagres, os 48 imigrantes ilegais foram detidos em cinco noites diferentes, sendo que apenas numa das barcaças, "sem condições de segurança", eram transportadas 18 pessoas.
Entre os estrangeiros detidos contam-se, ainda, nacionais do Senegal, do Mali e da República do Congo.
"Foram também detidos os auxiliadores angolanos, que manobravam as barcaças e conheciam as praias. Ainda um cidadão da Guiné-Conacri, que dava as pistas e era o ponto de ligação, o cabecilha que sabia para que bairros as pessoas iam", explicou Simão Milagres.
De acordo com o porta-voz do SME, o alegado líder desta rede foi detido em Viana, nos arredores de Luanda, suspeitando-se que operava entre Angola e a Guiné-Conacri desde 2010
Todos estes imigrantes, que se encontram detidos e que serão repatriados, terão embarcado em Ponta Negra, ainda na República do Congo, a norte do enclave angolano de Cabinda.
"Serão expulsos e proibidos de entrar no país nos próximos cinco anos", esclareceu Simão Milagres.