<p>A Polícia russa dá a entender que tem elementos para chegar aos organizadores dos atentados ocorridos em Moscovo. E os dirigentes políticos prometem dureza e endurecer a legislação relativa a a executores e organizadores de acções terroristas.</p>
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Segundo a agência Interfax, as duas mulheres que executaram os atentados no metro de Moscovo, chegaram à capital russa num autocarro de carreira que normalmente traz feirantes, de uma cidade do Cáucaso do Norte, para o mercado de Lujniki. A fonte da agência informativa omitiu a localidade de origem, devido às investigações em curso.
O motorista do autocarro, em que elas viajaram, teria reconhecido as fotos obtidas através das câmaras de vigilância do metropolitano. Acompanhava-as ainda um homem, com aspecto de ser também do Cáucaso e teriam chegado a Moscovo no próprio dia do atentado, de manhã cedo. Alguns média russos dizem que as explosões ocorridas no metro podiam ter sido um gesto de vingança pela morte de alguns líderes rebeldes da Chechénia e da Inguchétia.
Segundo o jornal "Kommersant", as suicidas poderiam ter sido preparadas por um dos "ideólogos" dos rebeldes, conhecido com Said Buriatski, morto no início de Março. Segundo o matutino moscovita, citando fontes policiais, Said Buriatski tinha recrutado na Chechénia e na Inguchétia cerca de 30 mulheres, possíveis "shahid", prontas morrer. Os investigadores ligados ao assunto consideram que nove já se suicidaram, e que as duas que na segunda-feira se fizeram explodir no metropolitano de Moscovo poderiam ser do mesmo grupo.
Entretanto, as autoridades russas falam em novas medidas de combate ao terrorismo. O presidente Dmitri Medvedev, propôs que se estude imediatamente o que tem de ser corrigido na legislação para melhorar o trabalho das forças de segurança e a coordenação entre elas. Por seu lado, no Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, fizeram-se ouvir pareceres favoráveis à reintrodução da pena de morte. O presidente da "comissão para questões judiciais e de direito", Anatoli Liskov, afirmou que esta pretendia introduzir emendas à legislação penal que previssem a pena de morte para organizadores e executores de atentados terroristas. Por seu lado, o primeiro-ministro Vladimir Putin afirmou que era "questão de honra para as forças da ordem, arrancá-los (aos terroristas) do fundo do cano de esgoto" onde se escondem.