A existência de um segundo complexo de enriquecimento de urânio no Irão precisa de "uma resposta inequívoca" das grandes potências na reunião com Teerão a um de Outubro, declarou o chefe da diplomacia israelita.
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"A revelação sobre este segundo sítio de enriquecimento nuclear no Irão prova sem a menor dúvida que este país pretende equipar-se com a arma atómica e esperamos que uma resposta inequívoca seja dada a um de Outubro", declarou à rádio pública israelita Avigdor Lieberman.
O Irão e os seis países implicados no processo nuclear iraniano (Alemanha, França, Reino Unido, Rússia, China e Estados Unidos) têm reunião marcada para um de Outubro em Genebra.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) anunciou sexta-feira ter sido informada pelo Irão de que este país está a construir um segundo centro de enriquecimento de urânio, além do já existente em Natanz (centro).
Os países ocidentais, na suspeita de que Teerão procura dotar-se de arma nuclear, acusam o Irão de ter desenvolvido este complexo em segredo, pedindo-lhe para mudar de política até Dezembro sob pena de novas sanções "severas".
Israel, que aponta desde há muito tempo para o risco de um Irão nuclear, considera a República Islâmica como o seu maior inimigo, especialmente o Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que por várias vezes advogou o desaparecimento do Estado hebreu.
"Não estamos surpreendidos pelas últimas revelações, porque há muito dizemos que o Irão desenvolve as suas actividades nucleares para fins militares", acrescentou Lieberman.
"Os Russos também chegaram às mesmas conclusões, porque este segundo local de enriquecimento de urânio serve unicamente objectivos militares. Actualmente, é claro que a energia nuclear iraniana constitui um problema do mundo inteiro e não apenas de Israel" , disse o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita.
"Sem perder tempo, é necessário trabalhar para o derrube do regime louco de Teerão", concluiu Avigdor Lieberman.
Em Nova Iorque, onde participou na assembleia geral da ONU, Ahmadinejad voltou a garantir que este novo complexo é "perfeitamente legal", declaração que não convenceu os países ocidentais.