Subiu para 46 o número de feridos nos confrontos de sábado, entre apoiantes do MDM e da Frelimo, seguidos de intervenção policial, no bairro da Munhava, Beira, centro de Moçambique, disse fonte hospitalar.
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Em declarações à Lusa, Orlando Jamal, porta-voz do Hospital Central da Beira (HCB), disse que, até ao início da tarde de domingo, mais 20 pessoas teriam dado entrada naquela unidade hospitalar, totalizando 46 as vitimas dos confrontos, dos quais quatro continuam internadas.
"Ontem, internámos três doentes e, hoje, um ficou acamado para cuidados" disse Orlando Jamal, que garante que o banco de socorro "está em prontidão", no último dia da campanha eleitoral.
O responsável disse que a maioria das vítimas inalou gás lacrimogéneo, lançado pela polícia durante os confrontos com apoiantes do MDM durante o comício de Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e autarca da Beira.
"O filho do edil da Beira teve um tratamento ambulatório e seguiu para casa, assim como a sua mãe" precisou Orlando Jamal, assegurando que a maioria das "vítimas não são partidários".
21 detidos por vandalismo
Entretanto, a polícia, em conferência de imprensa, anunciou a detenção de 21 pessoas, acusadas de atos de vandalismo, durante os confrontos de sábado no bairro da Munhava, o mais populoso da segunda maior cidade de Moçambique.
Feliciano Dique, chefe da secção de imprensa no Comando da Polícia em Sofala, disse que entre os detidos estão pessoas que destruíram três viaturas, que faziam campanha da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e três sedes daquele partido na Munhava.