O secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico, Angel Gurria, considerou, em Paris, ter chegado "o momento de mudar" para um director-geral do Fundo Monetário Internacional não europeu.
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"Concordo plenamente que este é o momento para mudar uma tradição" que tem levado, sem excepção, um europeu a liderar o FMI desde que a instituição foi criada, declarou Angel Gurria num encontro com a imprensa. "Creio que desta vez é possível mas é preciso ser rápido", acrescentou.
Em relação à possível candidatura da ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, o responsável da OCDE considerou que "faria um trabalho formidável" a chefiar o FMI. Mas "a questão não é essa", sublinhou.
Trata-se de escolher "politicamente" um sucessor de um país não europeu para Dominique Strauss-Kahn, escolhido pelos seus méritos. "A questão do mérito é mais importante que a nacionalidade", insistiu.
Strauss-Kahn apresentou na quinta-feira a demissão de director-geral do FMI, depois de ter sido detido, no sábado, nos Estados Unidos, por tentativa de violação de uma empregada de um hotel onde estava hospedado em Nova Iorque.