<p>Ayad Allawi venceu as eleições do Iraque por dois lugares. Em jogo estão 325 assentos no Parlamento que vai ser renovado pela segunda vez desde a invasão dos EUA, em 2003. Se Maliki não reconhecer os resultados, o Iraque pode entrar numa grave crise política.</p>
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O antigo primeiro-ministro do Iraque Iyad Allawi ganhou as eleições legislativas, alcançando 91 lugares no Parlamento, contra os 89 do primeiro-ministro cessante, Nouri al-Maliki.
A coligação liderada pelo ex-primeiro-ministro iraquiano Ayad Allawi conquistou o maior número de cadeiras no novo Parlamento iraquiano, com 91 lugares dos 325 que estavam em disputa. Em segundo lugar ficou a coligação dirigida pelo primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, com 89 cadeiras.
A terceira força é a Aliança Nacional Iraquiana, integrada por grupos políticos xiitas, com 68 cadeiras.
O enviado das Nações Unidas no Iraque, Ad Melkert, pediu a todos os partidos que aceitem os resultados. Contudo, o primeiro-ministro cessante do Iraque, Nouri al-Maliki, recusou-se a reconhecer a derrota, alegando que os resultados "não são definitivos", e antecipou que sua aliança política vai recorrer aos canais legais para impugná-los.
Al Maliki e o presidente iraquiano, Jalal Talabani, chegaram a pedir uma apuração manual de todos os votos, possibilidade que foi rejeitada pela Comissão Eleitoral. Ontem, centenas de partidários do Maliki saíram às ruas para reivindicar a contagem manual.
Nenhuma das alianças políticas obteve os lugares suficientes para formar Governo, por isso será necessário encontrar acordos entre os diferentes grupos. Ayad Allawi mostrou-se já disposto a formar alianças, sem exclusões.