Uma emprega doméstica foi torturada durante três meses pelos proprietários da casa onde trabalhava na Arábia Saudita. Quando começou o assédio sexual por parte do patrão, queixou-se às autoridades, mas a patroa acabou por lhe cortar a mão.
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Kasturi Munirathinam é uma emprega doméstica indiana de 58 anos. Durante os últimos três meses, os patrões obrigaram-na a trabalhar o dobro das horas combinadas, privaram-na de comer, de sair de casa e ainda de falar com a própria família.
Depois, o dono da casa começou a assediá-la sexualmente. A emprega não aguentou mais e queixou-se às autoridades do sucedido.
Quando a patroa descobriu, culpou-a da atitude do marido, e, quando Kasturi Munirathinam tentou fugir, cortou-lhe a mão direita como castigo.
Quando chegou ao hospital, Munirathinam estava em estado crítico, mas agora encontra-se estável.
"Implorei à mulher para que não me fizesse mal, mas ela pontapeou-me, bateu-me e cortou-me a mão", disse a empregada, segundo o jornal "The Washington Post". "Quero ir para casa, por favor ajudem-me."
"Desde que foi trabalhar para essa família, em Julho, que as coisas não estão bem", disse Mohan, filho da vítima. "A minha mãe não tinha permissão para falar connosco por telefone, não era bem alimentada e obrigavam-na a trabalhar durante muito tempo seguido", acrescentou.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano disse, através do Twitter, que quer chegar aos culpados deste "crime inaceitável" e que, por isso, está em contacto com as autoridades da Arábia Saudita.
Apesar disso, segundo o jornal "BBC News", as mesmas autoridades ainda não comentaram este caso.