Pelo menos um português ficou ferido durante o sismo no Haiti

O cidadão luso, de 55 anos, trabalha numa multinacional e fracturou uma perna, de acordo com um familiar contactado pelo JN.

"Não conseguimos falar com ele, todas as ligações estão cortadas. Apenas tivemos informação, através da empresa dele (comunicaram via satélite), que partiu uma perna e que atendimento hospitalar é impossível. A preocupação agora é como vão tratar dos feridos graves. Espero que o tirem de lá rapidamente", disse a familiar.

As autoridades portuguesas já conseguiram entrar em contacto com um dos portugueses que se encontram no Haiti e procuram agora localizar outros dois que estão no território integrados em missões das Nações Unidas e da União Europeia. O MNE conseguiu também saber da jornalista Mariana Palavra que se encontrava no território.

Mariana Palavra ligou esta manhã para Macau para tranquilizar os amigos que fez nos sete anos que lá viveu e trabalhou. Disse-lhes que estava bem, "embora assustada", contou um amigo da jornalista ao JN. Segundo explicou Mariana Palavra na ligação feita por telefone satélite para Macau, está já fora de Port-au-Prince e aguarda agora transporte para a República Dominicana, que deverá acontecer amanhã.

No Haiti, Mariana Palavra coordenava desde Abril do ano passado e ao abrigo de uma missão das Nações Unidas, uma equipa de sete jornalistas locais, desde Abril do ano passado.

Por localizar continuam os cerca de 12 portugueses residentes no Haiti.

A informação da presença destes portugueses no país chegou às autoridades através das linhas de emergência disponibilizadas pelo MNE - 707202000 ou 961706472.

O Haiti, o país mais pobre da América e de todo hemisfério ocidental, foi abalado terça-feira por um sismo de magnitude 7,0 na escala de Ritcher, o mais forte da sua história e um dos mais violentos dos últimos 20 anos.