O presidente da Polónia, Lech Kaczynski, vai assinar o Tratado de Lisboa, mas ainda não há data definida para a assinatura. A confirmar-se a decisão, fica apenas a faltar a República Checa ratificar o acordo.
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"O presidente honra a palavra dada. Disse que assinaria o ratado sem demora se a Irlanda dissesse "Sim"", revelou Aleksander Szczyglo, porta-voz da presidência polaca. Com os irlandeses a votarem largamente a favor do Tratado de Lisboa (67,1% no Yes), Lech Kaczynski vincula a letra à palavra.
Lech Kaczynski é um conservador de fundo nacionalista, um “eurocéptico” que duvida da integração almejada pelo Tratado de Lisboa, que disse ter adiado a assinatura do documento por respeito aos irlandeses, não querendo pressioná-los a dizer sim. Agora que a Irlanda votou a favor, o presidente da Polónia disse ter condições para assinar.
Lech Kaczynski e o irmão Jaroslaw – primeiro-ministro em 2007 e agora líder da oposição, aceitaram com relutância o tratado de Lisboa, aprovado em Julho de 2007. Donald Tusk, que substituiu Jaraoslaw na chefia do Executivo, é pro-Europa, que apoia fortemente o documento de Lisboa.
Com maioria nas duas câmaras do parlamento polaco, Tusk não teve dificuldades em fazer passar o documento, que carece apenas da assinatura presidencial para ser ratificado pela Polónia.
A confirmar-se a assinatura de Lech Kaczynski, fica apenas a faltar o sim da República Checa, para que seja ratificado o Tratado de Lisboa. O documento finalizado durante a presidência portuguesa da UE, precisa de ser ratificado por todos os 27 países-membros para entrar em vigor.
O tratado, cuja aprovação em Lisboa ficou célebre com o “Porreiro, pá” de Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, a Barroso, presidente da Comissão Europeia, pretende agilizar a tomada de decisões da União Europeia, agora a 27, mas a funcionar nos termos da UE a 15.