Um português, de ascendência angolana, está a ser investigado pela Scotland Yard por envolvimento nas decapitações na Síria. As autoridades inglesas já interrogaram mesmo os familiares deste português, engenheiro de profissão, que está na "lista negra" dos ocidentais mais procurados.
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Segundo avança o semanário "Expresso", Patrício tem 28 anos e combate na síria desde 2012. Uma mensagem no Twitter terá despertado a atenção das "secretas", que acreditam que o português soube antecipadamente que reféns norte-americanos iam ser executados. "Mensagem para a América. O Estado Islâmico está a fazer um novo filme. Obrigado pelos atores", escreveu 39 dias antes da publicação do vídeo no Youtube da decapitação do jornalista James Foley.
Monitorizado há vários meses, até porque publicava fotografias nas redes sociais na frente de combate pelo Estado Islâmico, o português está também associado a uma tentativa de atentado terrorista, em 2013, no Quénia.
Recorde-se que no mês passado também um lusodescendente foi identificado, pelos serviços secretos franceses, no vídeo da decapitação de outro refém norte-americano. Mickael dos Santos, filho de pais portugueses, nasceu nos arredores de Paris e converteu-se ao Islão em 2009. No entanto, Mickael dos Santos negou, no Twitter, ter participado na execução de Peter Kassing, um voluntário de uma organização humanitária capturado na Síria no ano passado.
Os serviços de informação da União Europeia e dos Estados Unidos estimam a presença de menos de duas dezenas de portugueses nas fileiras do Estado Islâmico. A maior parte vivia em França, Holanda e Reino Unido e é descendente de famílias emigrantes. Há também quem tenha ascendência das ex-colónias portuguesas.